sábado, 9 de novembro de 2024

Para a história. Notas sobre a invasão federalista no Estado do Paraná

 



Buscando entender melhor quem foi José Francisco da Rocha Pombo, peguei para ler Para a História, notas sobre a invasão federalista no Estado do Paraná. Mas, ao longo da leitura e depois de ler vários comentários sobre este livro, há uma grande probabilidade de não ter sido escrito por Rocha Pombo, mas sim por Leôncio Correia. Ou partes do livro seriam de Rocha Pombo, enfim, além do mistério do mesmo não estar completo.

O professor Carlos Alberto Antunes dos Santos teria sido quem encaminhou a publicação da obra (mesmo que parcial), pela Fundação Cultural de Curitiba, como consta no jornal Gazeta do Povo. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/caderno-g/rocha-pombo-a-solidao-de-um-historiador-anitfutteguoxbin4kucfxnbi/

Depois, a obra pode ser melhor estudada. Conferir o texto de João Cândido Martins: “Para a História”: a saga de um livro oculto por 85 anos, por João Cândido Martins — publicado 19/05/2015 14h15, última modificação 03/09/2020 16h55. Disponível em: https://www.curitiba.pr.leg.br/informacao/noticias/201cpara-a-historia201d-a-saga-de-um-livro-oculto-por-85-anos 

Por fim, um livro incrível, que, boa parte dele teria sido escrito no calor dos acontecimentos da terrível revolução federalista, que aconteceu entre 1893 e 1894. Após a leitura, é possível identificar toda a injustiça que ambos os lados realizaram, através da violência de uma guerra civil. A luta política e armada entre Pica-paus e Maragatos ou outros nomes dados a esta oposição política. E claro, a denúncia principal foi pela injustiça em forma de assassinato por parte do governo, do Barão de Serro Azul (Idelfonso Pereira Correia), importante figura política e empresarial de Curitiba, de Priscilliano Correia, negociante e político em Paranaguá, de José Joaquim Ferreira de Moura, tesoureiro da delegacia fiscal do Paraná, de José Schleder, também da tesouraria, de Balbino de Mendonça, da secretaria de Governo, e de Mattos Guedes, que também ocupou cargo na tesouraria.

Mas, para além da denúncia da injustiça que o retorno da legalidade trouxe para com os homens assassinados, além de outras tantas barbaridades, o que considerei interessante, é um viés sociológico no final da obra, no estilo durkheimiano, mesmo sem citá-lo, de que esta patologia social pudesse despertar na população brasileira, como um todo, inclusive nos governantes, um senso de aperfeiçoamento moral, em prol de uma evolução para com a construção de uma civilização que não permita mais que tais fatos ocorram na sociedade organizada, construída por meios legais, estabelecidos em uma Constituição Republicana, que defenda a liberdade, a igualdade, e a união.


segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Contos de Machado de Assis. Política e Escravidão

 


É fundamental ler Machado de Assis para entender a sociedade brasileira. Neste livro temos contos escritos sobre política e escravidão, sendo oito contos publicados entre 1864 a 1882 e mais cinco entre 1891 a 1906, mas todos se referem ao período anterior à República e anterior a abolição.

Cada conto tem sua particularidade, por exemplo, destaco "O Teles e o Tobias (Quadro de costumes políticos", de 1865, em que Machado de Assis descreve, a partir destes dois personagens e seus filhos, a vida política de um pequeno município (algo que busquei entender na minha tese de doutorado em Sociologia). Enfim, a literatura nos explicando como era a política neste período histórico. 

Ou pensando o Brasil como um todo, temos "Teoria do medalhão - diálogo", de 1881, ou mesmo "O velho senado", publicado em 1898, já em plena República, mas que retoma alguns dos principais políticos brasileiros (senadores do Império), suas características, ou mesmo, a organização desta instituição em que seus membros eram vitalícios no poder. A política como ela é, como nos diria Maquiavel, via literatura.

Sobre os contos sobre a escravidão, dói a alma ler sobre o assunto. A literatura traz a realidade dura e crua deste momento.

Vale a leitura de Machado de Assis, sempre, e a partir dele, formularmos reflexões sobre a nossa vida, a nossa sociedade, para que possamos nos entender como pessoas e como coletividade.

segunda-feira, 3 de junho de 2024

O avesso da pele, de Jeferson Tenório

 

https://www.companhiadasletras.com.br/livro/9788535933390/o-avesso-da-pele-vencedor-jabuti-2021

        Frente as polêmicas do livro O avesso da pele, de Jeferson Tenório, a curiosidade também se torna um fator para a leitura e ainda bem, pois, o tema faz com que tenhamos uma sensibilidade maior para com a temática da chamada educação étnico-racial; e a leitura do romance, traz a trajetória de Pedro, que resgata o passado de sua família, e vem a tona o que significa ser pobre no Brasil, de ser negro, de ser professor, de ser policial, abrangendo um tempo entre as décadas de 1970 a 2010, todas essas condições, tendo como referência a cidade de Porto Alegre em sua maior parte. 

        Enfim, um livro provocante, que se lido pelo estudante do ensino médio, contribui para a sua formação; que se lido por todo brasileiro, ajuda a entender, através da literatura, a necessidade de pensarmos nossas relações sociais, as nossas relações humanas, e também, questões como a do racismo estrutural, que acaba sendo, o foco deste romance. É através da literatura que podemos pensar num todo na qual estamos inseridos, desde os nossos traumas individuais, até as questões mais complexas da vida social cotidiana; enfim, uma ligação entre estrutura e indivíduo e vice-versa, como nos ensina a Sociologia. E é a tênue relação entre literatura e realidade.

        Também, fazia tempo que queria ler algo próximo da realidade do que é ser professor e professora nos dias atuais; todo o desafio que a profissão exige, incluindo os preconceitos contra a mesma. Novamente, a sensibilidade do olhar de Jeferson Tenório, para com os professores. Muito impactante.

        Interessante ver a atividade realizada por estudantes sobre o livro: Alunos da Escola Polivalente trabalham "O avesso da pele" em sala de aula: https://www.gaz.com.br/alunos-da-escola-polivalente-trabalham-o-avesso-da-pele-em-sala-de-aula/ (acesso em 03/06/2024).

segunda-feira, 1 de abril de 2024

Subsídios para a História de Rio Branco do Sul

Foi lançado o livro (físico e e-book) que retoma a história de Rio Branco do Sul, como um subsídio, com destaque à história política deste município, a partir das pesquisas do historiador Celso Lima e do jornalista Rupert Mayer, ambos já falecidos, e que, por algum motivo, não conseguiram publicar o mesmo. Apesar do destaque para datas e nomes de políticos, padres, e alguns fatos específicos, este é um início de uma história escrita que faltava e, novas histórias, de diferentes perspectivas, são convidadas a serem contadas.


Este é um importante subsídio para a história de Votuverava, Açungui e, depois, Rio Branco do Sul. Faltava um material inicial sobre o tema, de uma região tão antiga, denominada de Paraná tradicional. Isso, sem contar a presença indígena.

Pude ajudar na organização do livro, junto com a historiadora Milena Mayer. O texto base já tinha sido escrito por Celso Lima e Rupert Mayer.

Reportagem por parte dos incentivadores para que o livro pudesse ser publicado: https://riobrancodosul.atende.net/cidadao/noticia/cultura-recebe-exemplares-do-livro-subsidios-para-a-historia-de-rio-branco-do-sul. Acesso em 01/04/2024.

https://riobrancodosul.atende.net/cidadao/noticia/lancamento-do-livro-subsidios-para-a-historia-de-rio-branco-do-sul-celebra-o-patrimonio-cultural-local. Acesso em 01/04/2024.

Link do livro: https://riobrancodosul.atende.net/cidadao/pagina/subsidios-para-a-historia-de-rio-branco-do-sul. Acesso em 01/04/2024.

Referência: Subsídios para a História de Rio Brando do Sul. Organizado por Celso Lima (in memoriam); Rupert Mayer (in memoriam); Alessandro Cavassin Alves; Milena Santos Mayer. Ponta Grossa: Estúdio Texto, 2024. 264 p., il. ; E-book - PDF

segunda-feira, 11 de março de 2024

História da Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo de Itaperuçu – Paraná

PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLO - ITAPERUÇU - Arquidiocese de Curitiba - Paraná

Por Alessandro Cavassin Alves

Igreja de São Pedro Apóstolo - Itaperuçu - Paraná - 1963


Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo - Itaperuçu - Paraná - 2000
Altar e pintura na Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo - Itaperuçu - Paraná - 2000

A localidade de Itaperuçu é muito antiga. Há registros de moradores na região desde o século XVIII. Com a formação e o surgimento das povoações, as primeiras capelas e igrejas foram sendo levantadas. Em Itaperuçu, antes da atual Igreja Matriz em alvenaria, havia uma pequena Capela de madeira, denominada de São Pedro Apóstolo. 

Não se sabe ao certo a sua data de construção (pesquisa que ainda precisa ser realizada). E, de acordo com moradores antigos, ela se encontrava no mesmo terreno da atual igreja, porém, um pouco mais a direita desta e mais próxima à rua (rua que tem como nome São Pedro).

A partir de 1927 começam a atender esta comunidade de Itaperuçu os Padres Freis Capuchinhos, pois assumiram a paróquia de Nossa Senhora do Amparo de Votuverava, do Assunguy e de Almirante Tamandaré. Itaperuçu pertencia ao município de Votuverava, depois denominado de Rio Branco do Sul, até o ano de 1990, quando alcançou sua emancipação política.

Na década de 1930 os Frei Capuchinhos pediram para a comunidade de Itaperuçu, da capela São Pedro Apóstolo, a abertura de um livro Caixa de registro econômico e demais atividades. É um livro que demonstra que a comunidade tinha uma vida religiosa ativa e que precisava registrar suas atividades. Itaperuçu, nesta década, era uma pequena comunidade, mas com uma estrutura de comércio, tropeiros e muitas famílias de agricultores. Além da ligação com Curitiba, via linha férrea, inaugurada desde 1909.

E é tradicional a festa a São Pedro Apóstolo em Itaperuçu, celebrada anualmente, tendo o dia 29 de junho como referência, de acordo com os registros no Livro Tombo da comunidade.

Foi na década de 1950 que novos rumos tomaram esta capela de madeira. A comissão da capela organiza "Livros Ouro" para a construção, primeiro de uma casa canônica em Itaperuçu, mas que acabou servindo para a arrecadação de fundos para a construção de uma nova capela, agora em alvenaria.

De acordo com os moradores antigos, as famílias católicas de Itaperuçu ficavam um determinado tempo com o "Livro Ouro" e saíam a pedir doações aonde iam, inclusive aos parentes de outras localidades, para poderem assim arrecadar fundos para a construção da nova Igreja.

O primeiro "Livro Ouro" traz a data de 4 de abril de 1951, com aplausos e assinatura de Dom Manuel da Silveira D'Elboux e serviu para começar a campanha de construção da nova Igreja de Itaperuçu. O livro foi apresentado ao povo pelo Frei Donato, a cujos cuidados estava entregue a comunidade.


O ano de 1952 é a data de início da nova construção da atual Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo, contando com o esforço das famílias que existiam nesta localidade. E que de acordo com o Livro Tombo desta comunidade, os empresários e as famílias que estavam a frente desta construção eram: Carlos Campmann, Astrogildo Macedo (empresários), e famílias Stocchero, Chevônica, Afornalli, Ortiz Camargo, Votkoski, Benato, Furquim, Sabadim, Gulin, Lesnioski, Abrão e muitas outras, depois cita a participação também das famílias Johnsson Bini e Giacomitti Cavassin.


Os pedreiros citados são: Antônio Costa, Heno Chevônica e Marcos Bontorim Polli. Alguns destes pedreiros vindos de Colombo eram alimentados pelas famílias locais. Os pais e filhos destas famílias dedicavam dias na semana para ajudar os pedreiros na construção.


Iniciada em 1952, a capela nova estaria coberta e já em atividade no seu interior, sendo realizadas as Missas, Celebrações e demais sacramentos no final do ano de 1958. Portanto, podemos dizer que o ano de 1958 é o ano da inauguração desta nova construção, que para a época foi uma grande obra, tornando-se um dos símbolos históricos do município de Itaperuçu. Levou, então, 7 anos para ser edificada.


Durante os anos de 1956 a 1960 atendeu a comunidade de Itaperuçu e toda a região o jovem Padre Frei Silvano Maria de Capinzal, ofm (Frei Adelino Lovatel), que também acompanhou a construção da nova Igreja de São Pedro Apóstolo de Itaperuçu.


No Livro Tombo consta que as obras continuam, em 1959 com despesas ainda com pedreiros e demais aquisições e em 1962 com a compra dos novos bancos de madeira da Igreja (bancos que serão substituídos somente no ano de 2011) e pagamentos de dívidas referente à construção.

Na década de 1970, atendia Itaperuçu Padre Frei José Govasky, conhecido como Frei Afonso.

No dia 30 de maio de 1971 é ordenado sacerdote o Frei João Daniel Lovato, nascido em Itaperuçu. Sua primeira missa foi na capela de São Pedro Apóstolo no dia seguinte a sua ordenação ocorrida na Matriz de Nossa Senhora do Amparo, Rio Branco do Sul.

Desde o ano 1973, a Igreja de São Pedro Apóstolo de Itaperuçu, começou a ter a celebração da Missa todos os domingos, pois o Padre Frei Beda Maria Toffanello começou a vir de Rio Branco do Sul, nessa ocasião, para atender aos católicos daqui. Frei Beda Maria em 1974 iniciou as obras da casa canônica que foi inaugurada no dia 28 de setembro de 1975, ocasião em que o Sr. Arcebispo Dom Pedro Fedalto veio benzer a casa canônica recém construída. Frei Beda, construtor, e o Frei Jerônimo Bontorin passaram a residir aqui em Itaperuçu, atendendo a região. Porém, Itaperuçu ainda não se tornou uma paróquia, ficando dependente da Paróquia de Nossa Senhora do Amparo, de Rio Branco do Sul.

Os Freis Capuchinhos que moraram e atenderam Itaperuçu a partir de 1975 foram:
Convite da inauguração da Casa canônica de Itaperuçu em 1975

Padre Frei Beda Maria Toffanello (1974-1979)

Padre Frei Jerônimo Bontorim

Padre Frei Valério Alessandro Marcchesini (1979)

Padre Frei Barnabé Ivo Tenani (1980)

Padre Frei Mateus Benedito Ribeiro da Silva (1980-1981)

Padre Frei Aurélio Possani (1982-1985) - Foi Frei Aurélio que iniciou o Livro Tombo da capela São Pedro Apóstolo.

Padre Frei Eugenio Nickelle (1986-1990) - Neste período foi adquirido um terreno e construído o Centro Social São Pedro de Itaperuçu, hoje local do Centro de Evangelização São Pedro Apóstolo - CESPA e Cenáculo.

Com a saída de Frei Eugênio Nickelle, os freis capuchinhos deixaram de morar na casa canônica em Itaperuçu, ficando apenas na Paróquia de Rio Branco do Sul. Atendia a comunidade Padre Frei Osmar Oliveira (1990).

Em 1991 vieram morar na casa canônica as Irmãs Catequistas Franciscanas. A primeira irmã religiosa a chegar foi Irmã Olga Tayoko Nakamura e algumas postulantes. Depois foram chegando outras irmãs e outras iam saindo. O nome delas são: Irmã Paulina Fusinato, Irmã Cláudia Ortigara, Irmã Marisa Scheid, Irmã Beatriz Lúcia Moratelli, Irmã Anna Dematté, Irmã Vitalina Trentim. As irmãs catequistas franciscanas ficaram em Itaperuçu até o ano de 1997.

Itaperuçu foi emancipado politicamente de Rio Branco do Sul no dia 10 de dezembro de 1990. Mas, no âmbito religioso continuava a pertencer a Paróquia Nossa Senhora do Amparo, de Rio Branco do Sul.

Continuaram a atender a comunidade de Itaperuçu:

Padre Frei Jorge Corsini (1991-1992)

Padre Frei Daniel Alves Castro (1993)

Em 1994 os Capuchinhos deixaram a Paróquia de Rio Branco do Sul. Assumiram então os Padres Diocesanos de Curitiba.

Entretanto, os primeiros foram dois padres da Diocese de Jacarezinho, Padre Francisco Valberto Marinho Barreto que assumiu como Pároco da Matriz de Nossa Senhora do Amparo e como vigário, atendendo Itaperuçu, Padre José Orlando Proença, ficando de 1994 a 1996, e residiam em Rio Branco do Sul. Vieram de outra diocese até que o Arcebispo de Curitiba Dom Pedro Fedalto pudesse nomear esta paróquia com Padres diocesanos de Curitiba.

Criação da Paróquia São Pedro Apóstolo

1º Pároco: Padre Luiz Fernandes de Souza Filho (28/01/1996 - 01/12/2008)

No dia 28 de janeiro de 1996 foi então transformada em Paróquia todo o município de Itaperuçu, por Dom Pedro Fedalto, Arcebispo Metropolitano de Curitiba. A Capela de São Pedro Apóstolo transforma-se em Igreja Matriz, isto é, a Igreja mãe de todas as outras capelas existentes da nova paróquia. E na casa canônica veio morar o seu primeiro pároco, Padre Luiz Fernandes de Souza Filho (1996-2008), Padre diocesano de Curitiba, que atenderia as 31 comunidades da nova Paróquia.

No ano de 2000 foi realizado um reforma na Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo, em comemoração aos dois mil anos do cristianismo. O altar foi totalmente reestruturado e com uma nova pintura. Além do átrio, refeito e todo cercado com um portal. Destruição de um antigo barracão ao lado da Igreja, para a construção de um bonito Centro Catequético, com Secretaria, sala de vídeo palestra, banheiros e salas de catequese.

Brasão da Paróquia São Pedro Apóstolo - Itaperuçu - PR

Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo e Centro Catequético


No dia 10 de fevereiro de 2002 é ordenado Diácono Permanente Antemar José Alves, morador de Itaperuçu e líder religioso.

Em 21 de fevereiro de 2003 passa a residir em Itaperuçu Padre Emídio Lopes, atendendo como vigário paroquial até dezembro de 2010, quando é nomeado Pároco de Porto Amazonas, em 2011.

Nesse período inicia-se a construção do Centro de Evangelização São Pedro Apóstolo - CESPA e Cenáculo. Local com uma ampla cozinha, espaços para reuniões, dormitórios, banheiros e local de celebrações.

Centro Catequético ao lado da Igreja Matriz São Pedro Apóstolo - Itaperuçu - PR

Início da construção do Centro de Evangelização São Pedro Apóstolo - Itaperuçu - PR

Administrador Paroquial: Diácono Antemar José Alves (01/12/2008 - 01/02/2009)

No mês de dezembro de 2008, com a saída de Padre Luiz Fernandes após 12 anos como pároco, assume interinamente a Paróquia o Diácono Permanente Antemar José Alves, até a posse do segundo Pároco.

2º Pároco: Padre Tadeu Camilo (01/02/2009 - 26/02/2012)

Em 01 de fevereiro de 2009 assume como novo pároco, Padre Tadeu Camilo.

Em Janeiro de 2010 é lançado o Informativo Paroquial chamado O Pescador.
Capa do jornal O Pescador, Ano I, n.º 01, Jan/Fev de 2010

O informativo O Pescador foi publicado de forma impressa mensalmente e de forma ininterrupta, sendo que seu último número foi o de n.º 138, de setembro de 2022, completando 12 anos. (Sendo uma importante fonte de informações sobre a Paróquia São Pedro Apóstolo, entre os anos de 2010 a 2022).

3º Pároco: Padre Valdir Borges (26/02/2012 - 16/02/2014)

Em 30 de janeiro de 2011 assume como vigário paroquial o Padre Marcelo Alexandre da Silva Castro, ficando apenas até o mês de junho.

No dia 20 de fevereiro de 2011 é ordenado como Diácono Permanente Joelson Araszevski Ferreira, morador em Itaperuçu e líder religioso.

Em 26 de fevereiro de 2012 assume o 3º pároco, Padre Frei Valdir M. Borges, e continua como vigário, Padre Tadeu Camilo até o final do ano de 2012. Em janeiro de 2013 assume como vigário paroquial Frei Jorge M. Borges, irmão do pároco Frei Valdir.

Em 2014, Frei Valdir e Frei Jorge Borges são transferidos para a Paróquia Nossa Senhora Aparecida em Pinhais, PR.

4º Pároco: Padre Jesus Messias Galieta (16/02/2014 - 08/02/2020)

Em 16 de fevereiro de 2014 foi empossado o 4º pároco de Itaperuçu, Padre Jesus Messias Galieta, por Dom José Mário Angonese, durante a Missa Paroquial de domingo, às 9h, no Cenáculo de Itaperuçu. Padre Messias, Diácono Antemar e Diácono Joelson formam o novo clero paroquial a partir de 2014. 

No dia 10 de julho de 2016 foi ordenado sacerdote o Padre João Carlos Marcondes, jovem residente na Paróquia São Pedro Apóstolo.

No ano de 2019, em janeiro, assume como vigário paroquial, Padre Antônio Fabris. Padre Messias e Padre Antônio deixam Itaperuçu no final de janeiro de 2020, partindo para outras paróquias.

5º Pároco: Padre José Airton de Oliveira (08/02/2020 - 07/08/2021)

Em 08 de fevereiro de 2020 foi empossado o 5º pároco de Itaperuçu, Padre José Airton de Oliveira e vigário paroquial, Padre Lineu Prado, pelo Padre José Aparecido, representante do Arcebispo de Curitiba D. José Antonio Peruzzo.

No ano de 2021 foi celebrado o jubileu de 25 anos da Paróquia São Pedro Apóstolo, juntamente com o jubilei de 25 anos do Padre José Airton de Oliveira, com muitas atividades ao longo desse ano, entre elas a publicação de uma edição comemorativa do jornal O Pescador e de uma Bíblia Sagrada Pastoral, Editora Paulus, com a capa comemorativa da Igreja Matriz São Pedro, além da história e principais fatos religiosos no preâmbulo dessa Bíblia.
  
Disponível em: https://issuu.com/exceuni/docs/opescador-janeiro2021

  
Bíblia Sagrada Pastoral Editora Paulus, Edição Comemorativa com a capa da igreja Matriz São Pedro Apóstolo - Itaperuçu - PR e material histórico e informativo no início da Bíblia.

6º Pároco: Padre Antônio Fabris (07/08/2021 - 24/08/2023)

Em 07 de agosto de 2021 foi empossado o 6º pároco de Itaperuçu, Padre Antônio Fabris, que recebeu a posse do Arcebispo D. José Antônio Peruzzo. Continua como vigário paroquial, Padre Lineu Prado e Diáconos permanentes, Antemar e Joelson.

7º Pároco: Padre José Mauri da Cruz (25/08/2023 - )

Padre Antônio Fabris foi transferido para a Paróquia Santa Cecília em Campo Largo, no dia 24/08/2023. Assumiu como 7º pároco da Paróquia São Pedro Apóstolo, o Padre José Mauri da Cruz, no dia 25 de agosto de 2023.
No dia 26 de agosto de 2023 foi ordenado Diácono Fábio Atair Cristo Costa, natural de Itaperuçu, jovem residente na Paróquia São Pedro Apóstolo. 


E no dia 09 de março de 2024, aconteceu a Ordenação Presbiteral do Padre Fábio, no Cenáculo de Itaperuçu.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Escolas e Educação no Paraná do século XIX

Estudos históricos e sociológicos sobre a Educação no Paraná no século XIX são interessantes para se compreender como o processo de ensino foi acontecendo neste Estado e no Brasil como um todo.

Da mesma forma, quando se lê esses estudos, pode-se pensar como foi que as escolas foram surgindo na região do Vale do Ribeira paranaense. 

Elaine Cátia Falcade Maschio. Escolarização Pública e Imigração Italiana. A constituição do ensino elementar das colônias ao município (1882-1912). Jundiaí: Paco Editorial, 2014.

O livro de Elaine Falcade Maschio apresenta como os imigrantes italianos no município de Colombo foram exigindo das autoridades paranaenses o direito a educação formal; pedidos de escolas públicas, de professores, de materiais. E isso acabava abrangendo toda a região e sua população. Destaco que muitos parentes meus estavam envolvidos.

Juarez José Tucchinski dos Anjos. Uma trama na História. A criança no processo de escolarização primária nas últimas décadas do período imperial. Curitiba: Ed. UFPR, 2018.

O livro de Juarez Anjos apresenta características da educação no Paraná, em especial no município da Lapa, buscando entender a criança dentro deste ambiente institucional do século XIX. E para isso, foi reconstruindo a trajetória de alguns sujeitos da educação, como professores e alunos. 

Os dois livros apresentam, também, uma gama enorme de outros estudos sobre o período, tudo isso contribuindo para que possamos pensar sobre este tema fundamental na sociedade, que é a educação.




segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

1984, George Orwell

 

    Depois de ler Fahreinheit 451, troquei com minha sobrinha Bruna o livro, pelo 1984 de George Orwell. Já conhecia parcialmente a história, mas ler todo o livro me trouxe a dimensão do que Orwell buscou apresentar como um sistema totalitário (totalitarismo absoluto) que limita a iniciativa humana, buscando gerar a obediência e o amor incondicional ao sistema político representado pelo Partido e ao Grande Irmão - Big Brother.

    O livro 1984 foi publicado em 1949, no período pós guerra mundial e todo um clima de que novos totalitarismo voltassem ainda com mais rigor, como forma de combater ao "inimigo" e de controle, inclusive na Inglaterra e EUA, vencedores da guerra e símbolos da democracia e liberalismo.

    A história, portanto, é complexa, e perpassa pelas reflexões do personagem Winston Smith, mostrando um mundo deprimente e sem sentido, devido ao totalitarismo político (primeira parte do livro). Quando Winston começa a encontrar um sentido para a vida, isso se dá na convivência com Julia, vivendo um possível amor, que foge ao controle do Partido, mas os dois são descobertos pela polícia da ideias e suas teletelas (segundo parte do livro). Daí um final que foge aos padrões de feliz (terceira parte do livro).

    Ao longo do romance, vários pontos podem ser discutidos pelos leitores, como a questão do totalitarismo político, que pode ocorrer em qualquer lugar, cerceando a liberdade e iniciativas dos cidadãos e a vigilância total; discutir os três slogans do Partido: Guerra é Paz; Liberdade é Escravidão; Ignorância é Força (p.14, p.27); sobre os proletas (referindo-se aos proletários que são a maioria da população, mas sem iniciativa, e que realizam toda a atividade produtiva), os membros do Partido, divididos em membros Externos (extremamente vigiados e que realizam os trabalhos burocráticos) e a cúpula do Partido e o Grande Irmão - eis a estratificação social desta sociedade; a criação dos inimigos do sistema político e o culto ao ódio; as teletelas (câmeras) e microfones vigiando tudo e todos, mas principalmente os membros do Partido; o estado constante de guerra (que se repete em Fahreinheit 451); notícias a partir de uma única fonte; a escassez econômica como forma de controle; a questão do poder pelo poder; patriotismo e nacionalismo sem sentido; a Novafala; a esperança de mudança poderia vir dos proletas, mas ao mesmo tempo, da impossibilidade disto acontecer (p.88); a questão da tortura; o duplipensamento; solipsismo; a repartição do mundo em três grandes áreas de influência; entre tantos temas.

    Me chamou a atenção a questão de como o sistema totalitário reescrevia constantemente a história de acordo com seus interesses; e mesmo escrevendo, a cada tempo, modificando aquilo que estava escrito; e essa era a função do Winston. Tudo tinha de ser aquilo que o Partido definia como verdade e ao mesmo tempo, essa verdade se modificava, por novas verdades, num constante embaralhar para que não fosse necessário mais saber o que é a verdade ou como foi a história: "Tudo se esmaecia na névoa. O passado fora anulado, o ato da anulação fora esquecido, a mentira se tornara verdade" (p.94);

    Enfim, sistemas totalitários devem ser estudados e debatidos; a reflexão sobre os mesmos são imprescindíveis; trazer para a sala de aula o tema, é fundamental.

Referência

ORWELL, George. 1984. tradução Alexandre Hubner, Heloisa Jahn; posfácios Erich Fromm, Ben Pimiott, Thomas Pynchon. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

Muito interessante, nesta edição da Companhia das Letras, os posfácios dos seguintes autores: Erich Fromm (1961); Ben Pimlott (1989); e Thomas Pynchon (2003).

E o filme: 1984. Direção: Michael Radford.