Meu presente da Colômbia:
Ler Gabriel García Márquez, o colombiano Macondo, "La increíble y triste historia de la cándida Eréndira y de su abuela desalmada", em seus textos de 1961, 1968, 1970, 1972, em espanhol, foi uma experiência de ler o autor em sua língua materna.
Quando minha irmã Giovana foi ao caribe colombiano, pedi que me trouxesse um livro de García Márquez. Presente real mágico.
É possível tentar compreender o significado do chamado realismo mágico do Gabo, quando as histórias vão acontecendo e coisas mirabolantes aparecem e desaparecem e as pessoas continuam a viver suas vidas; é um anjo de carne e osso; é uma moça aranha; é um cheiro que vem do mar; é um vendedor de milagres; é um senador; é um afogado que aparece; é um navio espanhol do tempo da colonização; enfim, até chegar ao último conto, da cândida Eréndira e sua avó desalmada, quando, de suas vidas, não sabemos diferenciar mais o real daquilo que Eréndira estava a viver. Ou de quantas Eréndiras e suas histórias que não poderiam ser reais, mas que acontecem a todo momento. Temos que ser um Ulises?
Obrigado Giovana, obrigado Gabo, por mostrarem que a vida está em aberto, são possibilidades infinitas, e que moralmente temos que nos posicionar.