Ponte de ferro na entrada da cidade de Rio Branco do Sul. O trem passava por cima. Foto: Alessandro Cavassin Alves |
A inauguração da Estrada de ferro da Rocinha (Curitiba - Rio Branco do Sul), também denominada de Estrada de ferro do Assunguy, aconteceu no dia 28 de fevereiro de 1909. Ela está publicada no jornal "A República", de Curitiba, no dia 01 de março de 1909.
O jornal "A República" de Curitiba, no dia seguinte da inauguração da nova estrada de ferro Curitiba - Rio Branco, divulgava este fato
como aquele que "ficará assinalado na história do progresso
paranaense", ao chegar em Rio Branco o apito da "locomotiva anunciando à
operosa população daquele belo e rico recanto do nosso
território o início de uma nova fase de desenvolvimento comercial e
agrícola".
O trem saiu às 8 horas de Curitiba, trazendo o governador do
Paraná Francisco Xavier da Silva, oficiais, imprensa, inclusive um
jornalista italiano, banda musical e grande número
de convidados. Fez parada na estação de Almirante Tamandaré,
inaugurando-a, também. E fez sua "entrada triunfal na gare do Rio
Branco (antiga Rocinha)" às 10 horas (apenas duas horas de viagem. E para voltar levaram apenas 1h30min.). A
todos os visitantes encantou a chegada do trem, em especial
ao passar por cima da belíssima ponte de ferro na entrada da cidade. "Foi um
verdadeiro delírio", tendo inclusive queima de fogos (pelo jeito,
tradição antiga em nossa região).
Um fato curioso durante a
inauguração foi um discurso inflamado do sr. Aldo Silva, representante
do jornal Estado do Paraná, criticando o governo e os erros da nova
estrada de ferro.
HOJE, depois de 100 anos, esperamos ansiosamente a duplicação da Rodovia
dos Minérios (que dependendo do horário, você leva quase uma hora e meia
para chegar, por exemplo, no shopping Estação) e que o trajeto da linha do trem seja
remanejado para maior segurança de todos e, assim, o "progresso"
continue a bater em nossa região. Afinal, assim como o jornalista Aldo Silva, filho do abolicionista e republicano paranaense, Albino José Silva (1850-1905), se não reclamarmos, nossa região será sempre
esquecida.
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