Participei do GT 05: Família, Instituições e Poder, apresentando o artigo: “Perfil dos Diretores Gerais dos Índios do Paraná no século XIX”. GT coordenado pelos professores Ricardo Costa de Oliveira (UFPR), José Marciano Monteiro (UFCG) e Mônica Helena H. S. Goulart (UTFPR). Momento importante de encontro e discussões no grupo de trabalho. E foram mais de 1700 participantes inscritos nas diversas modalidades de atividades durante o Congresso. Isso demonstra um pouco do potencial das Ciências Sociais e de se pensar o Brasil e o mundo. É necessário uma reflexão constante e ao mesmo tempo atenta sobre a sociedade e seus rumos, caminhos que são realizados por cada um, como diria Max Weber, em enfrentamento de estruturas mantidas por nós.
Minha percepção de Belém, dessa cidade amazônica, da floresta e seus rios; de suas diversas etnias indígenas, que você vai descobrindo conversando com as pessoas locais; o povo paraense; o carimbó; o urubu e a garça; muiraquitã; além de uma gastronomia bastante peculiar, com o açaí, castanha, peixes, jambu, entre tantas outras. E sua história colonial, com a fundação da cidade pelos portugueses, em 1616.
Aproveitei para visitar alguns lugares de Belém (o tempo limitado de um turista). Como o complexo Feliz Lusitânia. A visita guiada apresentou todo o complexo de edificações de forma crítica, para se pensar o local não apenas em sua arquitetura portuguesa e demais influências europeias, mas também da perspectiva indígena e afrodescendente e das marcas "apagadas", quando se tem um olhar superficial, como o exemplo do muro dos cabanos (cabanagem), no Forte. O incrível mercado ver o peso. E a Estação das Docas.
Belém, ao mesmo tempo, é uma cidade de contrastes sociais, assim como o Brasil. Belém, para quem vem de fora, ajuda a pensar o contemporâneo, tema do Congresso de Sociologia. Nada mais importante do que a cidade ser sede da COP 30, em 2025.
O museu Emílio Goeldi, uma estrutura de ensino e extensão, uma das minhas referências durante o tempo da graduação em Ciências Sociais, na UFPR (1999-2003). Visitar esse museu, saber um pouco mais de sua história e produção científica foi relembrar um pouco de minha história e da importância de locais de divulgação da ciência no Brasil.
A Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré e todo o significado que a igreja e a festa do Círio de Nazaré representa para a população local.
O Theatro da Paz, nome dado em homenagem ao fim da Guerra do Paraguai, construído no período da borracha; a visita guiada no teatro é fantástica; e um teatro em plena atividade.
Passeio de barco para as ilhas e baía do Guajará. Fomos na ilha do Combú. Estar ao lado da Samaúma, árvore rainha da floresta amazônica. E me acompanhou nessa viagem de Curitiba a Belém minha esposa Gislaine (de avião, 2666 km; para quem for de carro, 3176 km).Faltou tantas coisas ainda, como a ilha de Marajó e outras possibilidades de imersão nesta região amazônica.
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